Documento final da Dissertação
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Resultados Alcançados
No que diz respeito ao consumo de energia primária, já era expectável a verificação do objetivo, tendo em conta a trajetória da energia primária nos últimos anos. Contudo, talvez os resultados sejam mais favoráveis do que o inicialmente previsto. A figura 6.1 permite aferir da perspetiva de redução assinalável, face ao objetivo de 22.500 ktep, em todas as situações. Seguindo a tendência histórica atual, teríamos em 2020 um consumo de 20.248 ktep, cerca de 34,3% de redução relativamente ao valor projetada pelo PRIMES em 2007. Como seria de esperar, adicionando o investimento calculado à baseline, o consumo de energia primária é ainda menor. Nesse caso, varia entre 36% e 34% de redução nos cenários "Otimista"e "Pessimista", respetivamente. O investimento adicional resulta assim apenas mais 0,07% - 1,51% de economias de energia primária, valores pouco significativos no contexto nacional.
A acumulação anual de poupanças de 1,5% totaliza 42% de redução em 2020. Assim sendo, o objetivo é de 4.662 ktep, valor muito difícil de alcançar de acordo com as estimativas previstas. Em vez dos 42% pretendidos, podemos esperar valores entre 13 e 15%, pouco mais de 1/4 do necessário. É fácil verificar que Portugal se encontra muito longe de poder alcançar o objetivo proposto, ainda que os números finais possam variar um pouco.
A proximidade entre os dois cenários indica que uma variação significativa do investimento realizado (para cerca de metade do valor), não tem um impacto relevante nos resultados de consumo final. A maior parte das poupanças será realizada pela continuação do aumento de eficiência que se tem verificado nos últimos anos, e não pelo investimento adicional realizado.
A proximidade entre os dois cenários indica que uma variação significativa do investimento realizado (para cerca de metade do valor), não tem um impacto relevante nos resultados de consumo final. A maior parte das poupanças será realizada pela continuação do aumento de eficiência que se tem verificado nos últimos anos, e não pelo investimento adicional realizado.
Desenvolvimentos futuros
- Desenvolver uma relação fidedigna entre investimento e poupança em medidas de eficiência que reduzam o consumo de fontes energéticas como os produtos petrolíferos, o gás natural ou o calor, de forma a estimar de forma mais extensiva o impacto dos apoios existentes;
- Analisar o impacto de outras medidas (que não as do PNAEE) que pudessem ser implementadas;
- Analisar o hipotética implementação de um esquema de obrigação de eficiência energética, por comparação com as medidas de eficiência alternativas introduzidas.